Compreender a complexidade da mente humana, bem como os impactos dos desafios socias no individuo, requer uma abordagem delicada e segura. A psicoterapia é um processo terapêutico conduzido por profissionais de saúde mental, como psicólogos, psicanalistas e psiquiatras, que visa ajudar os indivíduos a compreenderem seus pensamentos, emoções e comportamentos. Por meio de diferentes abordagens, como psicanálise e terapia cognitivo comportamental, se tem o objetivo de ajudar no processo de autocuidado e autoconhecimento, para melhor enfrentar problemas pessoais e aumentar a qualidade de vida. Os benefícios incluem alívio de sintomas de transtornos mentais, fortalecimento das habilidades de enfrentamento das dificuldades e melhoria dos relacionamentos interpessoais.
Lou Muniz Atem é uma psicóloga, com vasta experiência e formação acadêmica relevante, incluindo bacharelado em Psicologia e mestrado em Psicologia Clínica pela PUC-SP, doutorado em Ciências pela USP e diversas especializações.
O atendimento psicológico oferece suporte confidencial para explorar emoções e desenvolver estratégias para enfrentar desafios, promovendo autoconhecimento e bem-estar emocional.
A orientação de pais é feita desde o momento da gravidez ou de quando o casal começa a pensar em gerar um filho. O desejo de filho, nem sempre é algo certo e decidido para os dois membros do casal, muitas vezes gerando conflitos e períodos de intenso desconforto nos casamentos.
A orientação de pais, pode ser feita desde o momento em que o casal começa a planejar a gravidez e pode se estender até o momento em que acharem necessário.
O período da gravidez, é vivido de forma diferente pela mulher, que carrega o bebê, e pelo homem, que pode sentir-se à parte, separado, rejeitado pela mulher; ou, ainda, acabar afastando-se da mulher nesse momento, por diversos fatores. Assim, os desejos e anseios vividos nesse período da vida, podem ser diferentes, colocando cada um em pontos diferenciados de suas vidas, fazendo com que não consigam se encontrar e conectar.
O atendimento psicanalítico nesse momento, visa descobrir quais são as questões que cada um traz, seja em relação ao filho que chegará, seja em relação ao parceiro.
A vida do recém-nascido até os 6 meses, gira em torno da mãe, aquela que é responsável por o alimentar e estar por perto na maior parte do tempo.
O pediatra e psicanalista Winnicott dizia que a mãe deve ser “suficientemente boa’, mas o que queria dizer com isso?
Winnicott queria dizer que a mãe, ao suprir o filho de suas necessidades para a sobrevivência, é uma mãe que não é perfeita, é uma mãe falha (e deve ser assim). Essa mãe, que está continuamente tentando corrigir as suas falhas, fornece o necessário ao seu bebê, e não mais que isso, se identificando com ele, mas sem perder a sua identidade como mulher.
Voltando à relação da mãe com o recém-nascido, o que vemos hoje, é que muitas mulheres se sentem sobrecarregadas com a chegada de um filho, tendo que equacionar o papel de esposa e de trabalhadora com o de mãe. A cobrança social de que a mãe seja perfeita, faz com que os sentimentos de inadequação e de exaustão fiquem ainda mais exacerbados, levando a um período de intensa fragilidade emocional.
A criança que normalmente chega para uma sessão de psicoterapia, geralmente apresenta uma questão que não é originalmente dela, mas sim, dos pais. O sintoma manifestado pela criança, muitas vezes, é uma expressão de alguma desarmonia na dinâmica familiar. Em muitos casos, o trabalho inicial é direcionado à família e pode levar algum tempo até que a demanda específica da criança seja identificada e abordada. Por esses motivos, durante os casos de psicoterapia infantil, é conduzida uma investigação inicial (através de entrevistas) com a família para compreender a criança e seu(s) sintoma(s) dentro do contexto familiar. Após essa fase investigativa, é determinado se a terapia individual com a criança será iniciada e qual será sua frequência. A terapia com a criança é realizada utilizando brincadeiras, jogos e contação de histórias, já que é nessas atividades que ela expressa suas dificuldades. Os pais são encorajados a entrar em contato sempre que enfrentarem qualquer dificuldade. É importante ressaltar que, até os 9 anos de idade, a psicoterapia infantil não pode ser conduzida online, pois é necessário um ambiente presencial para que a criança possa interagir e brincar com o terapeuta.
O adolescente de hoje vive inúmeras questões que dizem respeito à sua vida, seja familiar, seja escolar, nas quais, muitas vezes, não se sente compreendido. Buscar compreendê-lo é o objetivo da psicoterapia.
A escola, muitas vezes, traz questões como o isolamento e dificuldades com as amizades, o bullyng, entre outros. Além das dificuldades com a escola, os adolescentes podem também ter dificuldades de inserir-se socialmente, dificuldades de convivência com o meio familiar, recusar o contato, mostrar-se mais apáticos ou mais rebeldes.
O intenso contato que os adolescentes tem hoje em dia com as redes sociais é fonte de ansiedade e angústias, muitas vezes levando também ao isolamento social. As famílias, por sua vez, possuem dificuldades em lidar com essas questões e a falta de diálogo acaba piorando a situação.
Seja qual for a sua sintomatologia e dificuldade, sempre é preciso olhar para a história de vida do adolescente que vem à psicoterapia, para, junto com ele, tentar compreender e melhorar essa dinâmica que está impedindo ou paralisando seu percurso.
O adulto, diferentemente da criança, já não é mais um sujeito em constituição e já possui suas demandas e sintomas definidos.
No mundo globalizado em que vivemos, o adulto vive pressionado pelo trabalho, há pressão por ganhar mais, e por produzir sempre mais, correndo-se o risco de perder o emprego para pessoas mais jovens.
Há as demandas da família, e; caso seja separado ou solteiro, o adulto precisa dar conta de uma vida sozinho. O mundo dos que vivem sozinhos hoje, também é uma vida sob pressão, onde apesar de existir uma enorme rede de amigos nas redes sociais, esse adulto vive na verdade uma vida muitas vezes solitária e vazia.
O que esperar do outro? O que esperar de mim mesmo? São perguntas que o adulto se faz, muitas vezes sem encontrar respostas para questões complexas e em constante mudança.